Bonitos peixes e novos amigos num novo pesqueiro em Borebi.
Resolvi conhecer um pesqueiro meio escondido e que toda semana passo na frente para cortar caminho entre um posto de saúde e outro que trabalho, já havia parado um dia de carro, quando fiquei sabendo que o pesqueiro havia inaugurado fazia 3 dias, como bom fanático pela pescaria resolvi programar um dia pra conhecê-lo. Uma curiosidade interessante é que o pesqueiro ainda não tem nome, até brinquei com o dono que ele poderia chamá-lo de Pesqueiro Twin Fishing (apesar de achar que não é um bom nome pra pesqueiro). Assim que tiver o nome altero a matéria por enquanto vai ser Pesqueiro Borebi.
Vamos ao que interessa, a pescaria. Por não ter conseguido muitas informações do pesqueiro, como isca que bate mais, material mais adequado, resolvi levar de tudo um pouco e iria fazendo experiências. O Pesqueiro possui 4 pequenos tanques e uma represa bem grande, comecei a pescaria nos tanques pequenos. Montei a primeira vara com o meu esquema favorito, EVA e miçanga com boia cevadeira. Fui cevando e como os peixes não estavam comendo na superfície, continuei cevando mas aproveitei os intervalos para ir montando outra vara que preparei com Beijinho e torpedinho. Foi quando chegou o Álvaro, genro do dono do pesqueiro que seria um grande companheiro no dia. A pescaria havia começado às 10:30 e o primeiro peixe capturado foi pelo funcionário do pesqueiro que encostou para pescar conosco às 11:30, ele estava com linha muito fina, 0,21 mm e salsicha na meia água, trabalhou a fricção e tirou um belo Tambacu, insisti para ele segurar e sair na foto mas não teve jeito.
Tambacu
Até uma hora da tarde não tivemos mais ações e pude montar minhas 5 varas e trabalhar esquemas diferentes, fui até a represa grande tentar uns arremessos mas sem resultado. Quando voltei para os tanques foi quando a pescaria começou, ficamos pescando eu e o Álvaro o dia todo sozinhos com o meu material afinal eram 5 conjuntos. Em 10 minutos que estava de volta aos tanques tirei meu primeiro tambacu, usando ração molhada na pinga com maracujá.
Alexandre – Tambacu
Pouco tempo depois engatei mais um tambacu também na mesma ração, vale a pena ressaltar que eu não estava cevando, tinha uma boia cevadeira montada mas estava usando como torpedo.
Alexandre – Tambacu
No meio das experiências com várias iscas resolvi colocar um anzol um pouco maior (chinu 7) e experimentar uma isca comprada pronta chamada bolota de lesma. Achei que não ia dar nada, mas foi a isca do dia a maioria dos peixes na sequencia foi pego nessa isca a uns 50 centímetros de profundidade. Boia torpedo, chicote grande, boia lambari para regular a altura e anzol chinu 7 com empate de arame de 1,5 centrímetros. Logo no primeiro arremesso com esse esquema, perdi um peixe que parecia pequeno na briga e no próximo saiu o primeiro tambacu do esquema.
Alexandre – Tambacu
Na sequência voltei as varas para água e vi a boia lambari de uma delas sumirem, rapidamente peguei a vara e fisguei, logo no começo da briga olho de lado e a outra boia não estava lá, para a alegria dos pescadores fizemos um bonito dublê com dois tambacus.
Alexandre e Álvaro – Tambacus
O Álvaro tinha deixado uma das varas em outro tanques tentando pegar uma das grandes tilápias que tem no pesqueiro, conforme ele mesmo disse e de repente vejo ele correndo e confirmando uma fisgada. Era uma pequenina tilápia que fiz questão de fotografar para mostrar que há diversidade no pesqueiro.
Álvaro – Tilápia
O dia estava nublado e as 16 horas o sol resolveu aparecer então perdi alguns peixes porque fugi um pouco do sol e perdia tempo para chegar até as varas e fisgar as boias que sumiam mas estava protegido do sol. No meio dos conjuntos tinha uma vara montada de fundo e resolvi colocar missô, foi fatal primeiro arremesso, pus a vara na espera e fui me esconder do sol, quando parei na sombra e olhei para o lago a vara deitou e quase bebeu água, corri, confirmei a fisgada e tirei mais um tambacu.
Alexandre – Tambacu
Ainda na tentativa da grande tilápia, sabe como é pescador, o Álvaro conseguiu um grande feito, o menor peixe do dia, que fotografei somente porque era de outra espécie, uma patinguinha. Apesar de eu também ser assim, acho que nesse dia não valeu a insistência do pescador não, olha a cara de decepção do Álvaro ao fundo (risos).
Álvaro – Patinga
Já era 16:45, estava um pouco cansado por causa da correria com muitas varas mas no esquema da bolota, tirei ainda o maior Tambacu do dia, nenhum gigante é claro mas um bonito peixe que mostro pra vocês com muita satisfação.
Alexandre – Tambacu (4,3 kg)
Depois desse peixe uma das minhas boias sumiu com muita velocidade, tinha certeza que seria um grande troféu porque eu estava do lado da vara e era só fisgar mas como a tomada de linha era forte e disseram que há tambacus de até 15 kilos no lago peguei a vara e não fisgeui com muita força, para minha tristeza dessa vez o peixe ganhou, foi com boia e tudo pra dentro, uma grande pena pois parecia mesmo um belo exemplar. Mas ainda volto lá para tentar esse troféu.
Ainda capturei mais um tambacu no fundo com missô no mesmo esquema do anterior, vara deitando, fisgada, briga e peixe.
Alexandre – Tambacu
Soltura – pesque e solte sempre
E para encerrar o dia o Álvaro capturou mais um bonito Tambacu na boia e bolota.
Álvaro – Tambacu
Gostaria ainda de dizer que o pesqueiro está começando e em conversa com o Cláudio (proprietário) dei algumas dicas e ele disse das melhoras que pretende fazer bem como dos peixes que pretende soltar. O pesqueiro tem pouca sombra e ainda não tem bancos ao redor do lago mas isso nós pescadores resolvemos fácil com um belo guarda sol e uma bela cadeira de pesca e outro detalhe é que o mais importante num pesqueiro é o peixe.
Agradeço ao Álvaro pela parceria e por pescar comigo, ao Claudio e a Bianca sua filha, esposa do Álvaro pela atenção e cuidado, bem como a todos os funcionários do pesqueiro. Ainda volto lá pra pegar os grandes.
Lembre-se: PESQUE E SOLTE SEMPRE!
Texto: Alexandre Jorge
Imagens: Alexandre, Álvaro e Julia
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